A importância da detecção precoce de problemas ginecológicos.

A consulta de rotina ginecológica deve ser realizada pelo menos uma vez ao ano, para avaliação e manutenção da saúde da mulher em todas as fases da vida. Na consulta, serão discutidos métodos de contracepção seguros e eficazes para cada paciente. Há também uma orientação sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, visto que muitas destas, se não forem bem tratadas e curadas, podem impactar na saúde do sistema reprodutivo feminino por muitos anos, levando até mesmo à infertilidade.

Na anamnese, que é a conversa direcionada entre médico e paciente, o ginecologista pode ajudar no diagnóstico e tratamento de alterações do ciclo menstrual, como cólicas, irregularidades e a síndrome pré-menstrual.

O ginecologista também é apto a acompanhar uma gestação e realizar o parto, garantindo a saúde da mãe e do bebê.

Um ponto muito importante da consulta ginecológica é a detecção precoce de problemas ginecológicos. A identificação de uma determinada doença em estágios iniciais, antes que ela cause sintomas graves ou até mesmo complicações, é um diferencial na qualidade da saúde feminina. Assim, havendo um diagnóstico precoce, o tratamento é iniciado antes mesmo do início dos sintomas, o que aumenta as chances de cura ou controle da doença, reduzindo os riscos a longo prazo.

Cada doença ou condição tem um método mais eficaz de detecção, e métodos auxiliares. A detecção precoce é importante para doenças crônicas, no caso da ginecologia, são comuns a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, os miomas e inflamações e infecções na vulva, na vagina, no colo do útero ou mesmo na pelve.

Por isso, é fundamental a realização de exames ginecológicos regulares e preventivos mesmo na ausência de sintomas, como forma de antecipar possíveis problemas de saúde geral e de doenças relacionadas ao trato genital feminino. 

Os exames de rotina ginecológica mais comum incluem:

1 – Exame físico: tem por objetivo avaliar a saúde da mulher de forma geral. Inclui a a palpação das mamas e axilas e da tireoide, avaliação do o peso, a altura, a avaliação da pressão arterial e da frequência cardíaca.

2 – Papanicolau: exame para detecção precoce de lesões celulares no colo do útero causadas pelo papilomavírus humano (HPV), que podem ser precursoras de câncer.

3 – Toque vaginal: exame com objetivo de identificar possíveis alterações anatômicas na região da pelve, causadas por infecções, cistos ou até mesmo tumores.

4 – Ultrassonografia transvaginal: importante para avaliação visual do endométrio, os ovários, útero e tubas uterinas, a fim de detectar qualquer alteração anatômica nos órgãos do sistema reprodutivo.

5 – Mamografia: espécie de raio X de baixa dosagem das mamas, com objetivo de detecção precoce do câncer de mama.

Dependendo do histórico clínico familiar e pessoal, e da idade da paciente, podem ser solicitados exames de ultrassonografia das mamas, complementar à mamografia. A colposcopia e a vulvoscopia são exames complementares ao Papanicolau, que visam identificar visualmente com uso de uma espécie de microscópio possíveis lesões causadas pelo HPV. Na colposcopia e vulvoscopia, caso haja alguma suspeita de lesão tumoral, é possível realizar uma biópsia. Outros exames complementares podem ser solicitados de acordo com os achados e sintomas de cada paciente.

É também importante solicitar exames de sangue, incluindo dosagens hormonais gerais e dos hormônios sexuais, e sorologia para agentes infecciosos de transmissão sexual.

A indicação usual é de ao menos uma vez ao ano a realização de todos estes exames. Contudo, cada caso precisa ser considerado individualmente quanto à frequência dos exames.

A rotina ginecológica permite mais qualidade de vida e bem-estar à mulher! Não deixe de realizar a sua visita anualmente ou conforme a recomendação médica!