Tratamentos não cirúrgicos disponíveis para problemas ginecológicos, como terapia hormonal, fisioterapia pélvica e tratamentos a laser

Nem todas as questões ginecológicas têm como único tratamento a opção cirúrgica. Alguns problemas podem ter indicação não cirúrgica, sendo as opções mais utilizadas a terapia hormonal (TH), a fisioterapia pélvica e os tratamentos a laser.

E quando podemos usar cada uma destas opções terapêuticas?

A TH pode ser usada para tratar uma variedade de problemas ginecológicos, especialmente irregularidades menstruais, síndrome dos ovários policísticos (SOP), endometriose e menopausa.

A TH é um tratamento que consiste na administração de hormônios sintéticos ou bioidênticos para substituir os hormônios que o corpo não produz mais em quantidades adequadas. Enquanto os hormônios sintéticos são ligeiramente diferentes dos hormônios naturalmente produzidos pelo corpo, os hormônios bioidênticos são também sintéticos mas com estrutura química idêntica aos hormônios produzidos naturalmente pelo corpo.

Os hormônios mais utilizados na TH incluem o estrógeno, a progesterona ou uma combinação desses hormônios, que são administrados por via oral, injetável ou tópica. A dosagem e a duração do tratamento dependerão da condição a ser tratada e da resposta individual ao tratamento.

As irregularidades do ciclo menstrual e a SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) podem ser tratadas com um contraceptivo hormonal, como pílulas anticoncepcionais ou outros tipos de hormônios combinados, para regular a ovulação e, consequentemente, a menstruação.

Na endometriose, a TH pode ajudar a controlar o crescimento do tecido endometrial fora do útero, reduzindo a dor e outros sintomas associados à endometriose. Isso pode incluir o uso de pílulas anticoncepcionais, injeções hormonais ou um DIU com hormônios.

Na menopausa, a TH auxilia na redução dos sintomas, como os fogachos, a secura de pele, secura vaginal e alterações de humor.

Outra forma de terapia não cirúrgica é a fisioterapia pélvica, uma técnica que pode ajudar a tratar principalmente a incontinência urinária, a dor pélvica crônica e as disfunções sexuais.

A fisioterapia pélvica envolve exercícios e técnicas de reabilitação para fortalecer e treinar os músculos do assoalho pélvico. Esses músculos sustentam a bexiga, o útero e o reto, e podem se enfraquecer devido a fatores como a gravidez, o parto, a menopausa e o envelhecimento.

Devido ao fortalecimento do assoalho pélvico, há um melhor controle da bexiga, ajudando a prevenir ou reduzir a incontinência urinária.

Com a dor pélvica crônica, a fisioterapia pélvica pode ajudar no alívio da dor com técnicas de relaxamento, eletroestimulação e liberação muscular.

Os exercícios da fisioterapia pélvica também melhoram a sensibilidade e a função sexual, auxiliando em disfunções sexuais.

No pós-parto, a fisioterapia pélvica ajuda a fortalecer e reabilitar os músculos do assoalho pélvico.

O laser é uma opção de tratamento minimamente invasiva usada para tratar alguns problemas ginecológicos, como atrofia vaginal, incontinência urinária, distúrbios do pigmento vulvar e vaginal, entre outros. O laser estimula a produção de colágeno e melhora a circulação sanguínea na área vaginal, ajudando a restaurar a elasticidade e a lubrificação vaginal, melhorando a saúde e a função sexual.

 Na atrofia vaginal, o tecido vaginal fica mais fino, menos elástico e menos lubrificado devido à diminuição dos níveis hormonais. O laser estimula a produção de colágeno nas camadas mais profundas da parede vaginal, o que pode melhorar a espessura e a elasticidade do tecido vaginal, bem como aumentar a lubrificação.

Na incontinência urinária, o objetivo do laser é estimular o colágeno na parede da bexiga, melhorando a função da bexiga e reduzindo os sintomas.

Além disso, o laser pode ser usado para tratar distúrbios do pigmento vulvar e vaginal, como a melasma vulvar ou a hiperpigmentação vaginal. Nesse caso, o laser é utilizado para remover o excesso de pigmentação na área, melhorando a aparência e a saúde da pele.

Antes de qualquer tratamento, mesmo que este não seja cirúrgico, é importante conversar com seu médico!