Novidades e avanços em cirurgia ginecológica minimamente invasiva, incluindo novas técnicas, tecnologias e medicamentos.

A cirurgia ginecológica minimamente invasiva (CMI) é um conjunto de técnicas cirúrgicas que permitem realizar procedimentos dentro da cavidade abdominal com incisões menores do que as utilizadas na cirurgia aberta tradicional. O objetivo da CMI é reduzir a dor, o tempo de internação hospitalar e o tempo de recuperação da paciente em comparação com a cirurgia aberta convencional.

Na ginecologia, as CMI são aplicadas na retirada de miomas uterinos, histerectomia, remoção de focos de endometriose, remoção de câncer ginecológico (colo do útero, ovários, endométrio e vagina) e no tratamento de prolapso de órgãos pélvicos.

Além desses casos, a CMI também pode ser usada para tratar outras condições ginecológicas, incluindo cistos ovarianos, aderências pélvicas e infertilidade.

Nos últimos anos, houve avanços significativos nas técnicas cirúrgicas. As técnicas mais utilizadas em CMI na ginecologia são:

1 – Laparoscopia:  técnica em que o cirurgião insere um laparoscópio contendo uma câmera na ponta na cavidade abdominal da paciente. O laparoscópio permite que o cirurgião visualize os órgãos internos e conduza a cirurgia usando instrumentos cirúrgicos finos inseridos através de outras pequenas incisões.

2 – Cirurgia robótica: o cirurgião controla os movimentos do robô de uma estação de trabalho e usa instrumentos cirúrgicos especiais para conduzir a cirurgia através de pequenas incisões, com alto grau de precisão e visualização tridimensional do local afetado.

3 –  Cirurgia de acesso único:  cirurgia realizada através de uma única incisão na cavidade abdominal, geralmente feita através do umbigo. Os instrumentos cirúrgicos são inseridos através da mesma incisão.

4 – Histeroscopia:  técnica em que o cirurgião insere um histeroscópio contendo uma câmera na ponta no útero através da vagina e do colo do útero, o que permite que o cirurgião visualize o interior do útero e conduza a cirurgia usando instrumentos cirúrgicos finos inseridos através do histeroscópio.

5 – Cirurgia assistida por ultrassom: o cirurgião usa o ultrassom para guiar a cirurgia. Isso permite um maior grau de precisão e controle durante a cirurgia, minimizando o risco de danos aos órgãos do entorno.

Quanto aos medicamentos que estão sendo utilizados na CMI ginecológica como ferramenta adicional para melhorar os resultados da cirurgia, temos os analgésicos não opióides para controle de dor pós-operatória. Esse tipo de analgésico tem menos efeitos colaterais do que os opióides.

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina são antidepressivos que também podem ser usados para analgesia. Esses medicamentos funcionam aumentando os níveis de serotonina e noradrenalina no cérebro, o que pode ajudar a diminuir a sensação de dor.

Os antifibrinolíticos são medicamentos anticoagulantes muito úteis nas CMI ginecológicas onde há um risco aumentado de sangramento.

Os anestésicos locais de longa duração são injetados no local da cirurgia e podem ajudar a manter a dor sob controle por várias horas.

A escolha do medicamento dependerá das necessidades e condições da paciente, assim como o tipo de técnica cirúrgica depende do diagnóstico, da condição médica e da experiência do cirurgião. Cada caso é único e deve ser avaliado individualmente pelo médico responsável