A endometriose profunda é uma forma grave que se caracteriza pela presença de tecido endometriótico com mais de 5 mm de profundidade fora da cavidade uterina. Essas lesões normalmente surgem na forma de nódulos e são ricas em fibrose, um tecido conjuntivo endurecido semelhante a uma cicatriz. Ela pode acometer qualquer órgão da pelve, sobretudo os ligamentos uterinos, o intestino, o reto, a vagina, a bexiga e os ureteres.
Quais são as causas?
A medicina ainda não conseguiu estabelecer a causa da doença. Porém, existe um componente genético, visto que filhas de mulheres com formas avançadas da mesma têm até seis vezes mais chances de desenvolver o problema.
E os fatores de risco?
É interessante destacar que substâncias presentes no meio ambiente podem favorecer a ocorrência. São os casos de alguns pesticidas, poluentes industriais e do bisfenol-A, produzido no dia a dia a partir do aquecimento do plástico — seja em aparelhos de micro-ondas ou em locais extremamente quentes.
E os sintomas?
Os principais são menstruar por muito tempo (sem pausa para engravidar e amamentar, por exemplo) e em grandes quantidades. Além disso, sabe-se que algumas enfermidades imunológicas da tireoide estão associadas. Estresse, sono irregular e alimentação inadequada também podem favorecê-la.
Quando buscar ajuda médica?
A intensidade da dor é um fator importante para buscar um médico. Ao contrário do que diz o mito responsável pelo sofrimento emocional de muitas mulheres, cólicas menstruais fortes não são normais. Os exames preventivos devem ser feitos e o ginecologista consultado sempre que necessário.
Como é feita a prevenção?
Não há uma forma de preveni-la, mas recomenda-se manter hábitos saudáveis, como fazer uma dieta equilibrada, manter o sono regular, praticar atividades físicas e evitar situações estressantes.